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extra 2:violão
extra 2:violão

 Introdução:  Essa seção tem como alvo principal, pessoas que estão começando a tocar, tocam a pouco tempo ou estão interessadas em saber algo mais. Lembramos que este curso serve apenas para dar uma introdução na arte de tocar violão.É de extrema importância, que você saiba que violão é um instrumento bastante complicado e desistimulante para quem está aprendendo a tocar, os dedos doem, as notas parecem horríveis, você não sabe o que fazer com a mão direita e nem tem coordenação para fazer alguma coisa com a esquerda! Mas não se preocupe, isso tudo é normal no início, temos que ter paciência, aprender violão demora no mínimo 7 mêses e você só vai achar que sabe alguma coisa, mais ou menos 1 ano depois! Para isso é necessário muito treino e disposição. Aos poucos vou incluindo mais coisas que por ventura encontrar aqui em meu material didático.


Marcus Vinicius Jacobson
Administrador do Curso

VIOLÃO

Capítulo 1: Iniciação ao violão

Música - É a arte de combinar sons de uma maneira agradável.

Melodia
 - Combinação de sons sucessivos;

Harmonia Combinação de sons simultâneos;

Ritmo - Uma combinação de valores das notas dispostas no tempo em que são executadas;

Existem maneiras diferentes de tocar o violão onde temos:

Violão Cifrado

O mais usado pelos violonistas onde o instrumento é usado para acompanhar seu canto, dispondo de acordes ou posições embutidos em um ritmo.

Violão Solado

Um método mais aprofundado onde o intérprete executa a melodia da música sem cantar. Muito usado em música erudita onde os violonistas realizam verdadeiras "acrobacias" com o instrumento.

*Partes do violão

 

violao

1 - Tampo

Corresponde ao corpo do violão. Onde a sonoride varia de acordo com o tamanho, formato, madeira usada na confecção do instrumento.

2 - Rastilho

Parte do instrumento que se prende as cordas

2 - Cavalete

Serve de suporte para prender o Rastilho na altura correta.

3 - Boca

Orifício localizado no corpo do violão por onde o som se propaga.

4 - Cordas

Parte fundamental onde são produzidas as notas musicais. O som e formado a partir da casa precionada no braço do instrumento.

5 - Braço

Parte do instrumento onde se localiza as casas e os trastes.

6 - Trastes

Dividem o braço do instrumento em casas de maneira à alcançar a altura correta das notas.

7 - Casas

Indicam exatamente a localização das Nota musicais.

8 - Pestana

Tem a função de servir como apoio para as cordas direcionando-as para as tarrachas.

9 - Tarachas

Tem a finalidade de alcançar a afinação correta, afroxando ou apertando as corda, conforme a necessidade.

10 - cabeça

Encontrada na parte superior do braço, serve de suporte para o mecanismo das Tarachas.


*MÃOS

 

Dedos da mão esquerda

1 - Indicador

2 - Médio

3 - Anular

4 - Mínimo

Dedos da mão direita

P - Polegar

I - Indicador

M - Médio

A - Anular


*Afinação Tradicional

Ao tocar as cordas livres, a partir da mais grave, (de cima para baixo) nós emitimos os sons da notas:

 

MI |------------------------------------------------

LA |------------------------------------------------

RE |------------------------------------------------

SOL|------------------------------------------------

SI |------------------------------------------------

MI|------------------------------------------------

 

Sempre antes de tocar o instrumento deve se conferir a afinação. Temos que dispor de um Diapasão que emite a nota LA (440 Hertz).

 

Acertar a primeira corda de baixo para cima a mais fina, pressionando a quinta casa, toque e compare com o Diapasão movimente a taracha aumentando ou diminuindo a nota até ficar equivalente a altura da nota emitida pelo Diapasão.

Obtendo na quinta casa corda 1 a nota La

Obtendo na corda 1 corda solta a nota Mi

Agora pressionamos na segunda corda a quinta casa (nota Mi), comparamos com a primeira corda solta a corda Mi já afinada movimente a taracha até obter o som igual a primeira corda.

Obtendo na quinta casa corda 2 a nota Mi

Obtendo na corda 2 corda solta a nota Si

A seguir pressionamos na terceira corda a quarta casa (nota Si), comparamos com a segunda corda solta a corda Si já afinada movimente a taracha até obter o som igual a segunda corda.

Obtendo na quinta casa corda 3 a nota Si

Obtendo na corda 3 corda solta a nota Sol

Continuando pressionamos na quarta corda a quinta casa (nota Sol), comparamos com a terceira corda solta a corda Sol já afinada movimente a taracha até obter o som igual a terceira corda.

Obtendo na quinta casa corda 4 a nota Sol

Obtendo na corda 4 corda solta a nota Re

Vamos pressionamos na quinta corda a quinta casa (nota Re), comparamos com a quarta corda solta a corda Re já afinada movimente a taracha até obter o som igual a quarta corda.

Obtendo na quinta casa corda 5 a nota Re

Obtendo na corda 5 corda solta a nota La

Finalmente pressionamos na sexta corda a quinta casa (nota La), comparamos com a quinta corda solta a corda La já afinada movimente a taracha até obter o som igual a quinta corda.

Obtendo na quinta casa corda 6 a nota La

Obtendo na corda 6 corda solta a nota Mi

Você pode também começar a afinação usando a quinta corda solta (la) e comparar com o som do Diapasão, apartir desta corda afinada você pode usar os mesmos passos acima para afinar as demais cordas.


* Cifras

As cifras são um Padrão usado para escrever as notas musicais usando letras.

                                             Notas              Cifras

La                     A

Si                      B

Do                     C

Re                      D

Mi                       E

Fa                       F

Sol                       G

 

OBS: O melhor é que as cifras sejam decoradas. Para isso pratique muito cada acorde para conhece-lo  melhor e dessa maneira ficar mais fácil lembrar.


* Acordes

É a produção de varios sons simultâneos obtidos da combinação de varias notas. Nessa combinação há uma nota que é básica e nomeia o acorde, também chamada de Baixo.

Observe como exemplo estas combinações:

DO MI SOL, SOL MI DO ou DO SOL MI

Não importando a ordem das notas, esta combinação de três notas resulta no acorde de DO Maior.

No nosso estudo o acorde será representado por um gráfico que representa uma reprodução do braço do violão, veja abaixo:

C (Do Maior) |-----|-----|-----|:E b|--3--|-----|-----|:A |-----|--2--|-----|:D . |-----|-----|-----|:G . |-----|-----|-
-1--|:B . |-----|-----|-----|:e As linhas horizontais representam as cordas e as linhas verticais são os trastes |-----|
-----|-----|:E |-----|-----|-----|:A |-----|-----|-----|:D |-----|-----|-----|:G |-----|-----|-----|:B |-----|-----|----
-|:e <- cordas="" trastes="" os="" n="" meros="" representam="" dedos="" da="" m="" o="" esquerda="" onde:="
" 1="" -="" indicador="" 2="" dio="" 3="" anular="" 4="" nimo="" as="" letras="" do="" instrumento="" -----="" :
e=""> 6ª Corda Mi mais grave b|-----|-----|-----|:A -> 5ª Corda La |-----|-----|-----|:D -> 4ª Corda Re . 
|-----|-----|-----|:G -> 3ª Corda Sol . |-----|-----|-----|:B -> 2ª Corda Si . |-----|-----|-----|:e -> 
1ª Corda Mi mais agudo A letra b e os três pontos no lado esquerdo do gráfico representam os dedos da mão direita 
posicionados sobre as cordas. 
O b indica o dedo polegar chamado de BAIXO que é a nota mais importante do acorde. A nota do baixo varia entre as 
cordas 4, 5 e 6 do instrumento, de acordo com o acorde executado.
 

* Posições corretas das mãos
Mão direita No exemplo do acorde de Do maior teremos o seguinte posicionamento |-----|-----|-----|:E P |--3
--|-----|-----|:A |-----|--2--|-----|:D I |-----|-----|-----|:G M |-----|-----|--1--|:B A |-----|-----|----- |
:e Polegar -P Atinge a Corda 5 que é o Baixo do acorde Indicador -I Atinge a Corda 3 Médio -M Atinge a Corda 
2 Anular -A Atinge a Corda 1 A mão direita deverá cair sobre o tampo do violão fazendo uma espécie de concha.
 É importante coloca a mão de maneira espontânea sem forçar e sem retesar os nervos. O polegar deve sempre ficar a 
frente dos demais dedos num ângulo aproximado de noventa graus em relação ao dedo indicador. Nesta posição o 
polegar ao tocar a corda 4 não atrapalha o dedo indicador posicionado na corda 3. Observe a Fig. 1. 
 Fig. 1
Mão esquerda O polegar e colocado na parte de trás do braço e os demais dedos sobre as cordas na parte da frente. 
Observe a Fig. 2. A mão deve ser posicionada de tal forma que o polegar não ultrapasse o braço do violão, 
deixando a mão livre para percorrer o braço do instrumento. 
 Fig. 2
Na formação de um acorde mantenha os dedos na posição mais vertical possível, isto evita um abafamento 
indesejado nas outras cordas. Veja Fig. 3. 
 Fig. 3

* Primeiros acordes para estudar A (La Maior) Am (La Menor) |-----|-----|-----|:E |-----|-----|-----|
:E b|-----|-----|-----|:A b|-----|-----|-----|:A |-----|--1--|-----|:D |-----|--2--|-----|:D . |-----|--2--|-----|
:G . |-----|--3--|-----|:G . |-----|--3--|-----|:B . |-----|-----|--1--|:B . |-----|-----|-----|:e . |-----|-----|-----|
:e A7 (La Maior com sétima) |-----|-----|-----|:E b|-----|-----|-----|:A |-----|--2--|-----|:D . |-----|-----|-----|
:G . |-----|--3--|-----|:B . |-----|-----|----- |:e E (Mi Maior) E7 (Mi Maior com sétima) b|-----|-----|-----|
:E b|-----|-----|-----|:E |-----|--2--|-----|:A |-----|--2--|-----|:A |-----|--3--|-----|:D |-----|--3--|-----|
:D . |-----|-----|--1--|:G . |-----|-----|--1--|:G . |-----|-----|-----|:B . |--4--|-----|-----|:B . |-----|-----|-----|
:e . |-----|-----|-----|:e D (Re Maior) Dm (Re Menor) |-----|-----|-----|:E |-----|-----|-----|:E |-----|-----|-----|
:A |-----|-----|-----|:A b|-----|-----|-----|:D b|-----|-----|-----|:D . |-----|--2--|-----|:G . |-----|--2--|---- |
:G . |--3--|-----|-----|:B . |--3--|-----|-----|:B . |-----|--1--|-----|:e . |-----|-----|--1--|:e Observe nos acordes 
acima que o Baixo é sempre dado na corda que emite a nota nomeadora do acorde.

 
* Ritmo e dedilhados O Tempo Para ter uma noção básica sobre o tempo, vamos praticar usando como 
marcador um relógio, a cada segundo passado toque a 6ª corda do instrumento com o Polegar, siga o ritmo 
dos segundos sem atrasar e nem adiantar. Vamos tocar a mesma nota a cada segundo que passa. Então 
vamos dizer que 1 tempo e igual a 1 segundo. Agora vamos tocar a cada tempo uma nota diferente. 
Usaremos 3 tempos. No primeiro tempo toque com o polear a 6ª corda; No segundo tempo toque com o polegar a
 5ª corda; No terceiro tempo toque com o polegar a 4ª corada; Observe o esquema abaixo: Tempos 1 2 3 1 2 ... 
Dedos P P P P P ... Repita este movimento até sincronizar com perfeição, um toque a cada tempo.

Dedilhado É o processo de tirar notas sucessivas, uma corda de cada vez, cada corda com um dedo diferente. 
1º Dedilhado Tempos 1 2 3 4 1 2 3 ... Dedos B 1 2 3 B 1 2 ... |_____________| Ded. Completo Onde: B
 = Baixo 1 = Indicador 2 = Médio 3 = Anular Exercício: Para praticar este dedilhado vamos treinar no 
acorde de C (Do maior). C |-----|-----|-----|:E b|--3--|-----|-----|:A |-----|--2--|-----|:D . |-----|
-----|-----|:G . |-----|-----|--1--|:B . |-----|-----|-----|:e Começamos tocando com o Polegar na 
5ª corda indicado por b no gráfico, agora toca-se o Indicador na 3ª corda, em seguida o dedo Médio na
 2ª corda e finalmente o dedo Anular na 1º corda. Tente executar no dedilhado o trecho abaixo, aplicando o 
dedilhado completo duas vezes em cada posição. Você deve alcançar a perfeição quando conseguir fazer as 
passagens de um acorde para outro seguindo o tempo corretamente.

 

 

  Mini-Curso Básico de Violão
                        
    Guia de introdução ao estudo da música para violão

Capítulo 2: Conhecendo o instrumento

Neste capítulo vamos conhecer de um modo geral, o violão. 
O violão se encaixa na categoria "Instrumento de cordas", possui 6 cordas, cada uma possui um diâmetro diferente e é capaz de produzir notas musicais a partir de suas vibrações. O violão pode possuir dois tipos de encordamento, Nailon ou Aço, é extremamente recomendado que o iniciante possua encordamento de nailon. Começamos a contar as cordas, da mais fina para a mais grossa, ou seja chamamos a mais fina de 1ª corda. As seis cordas, soltas, (quando tocadas sem as pressionar com nenhum dedo da mão esquerda) produzem as seguintes notas.

1ª corda: Mi
2ª corda: Si
3ª corda: Sol
4ª corda: 
5ª corda: 
6ª corda: Mi

O braço do violão está dividido em casas (pequenos retângulos delimitados por uma fina peça de metal). Ao pressionarmos uma das cordas com um dedo da mão esquerda, estaremos alterando sua tensão e consequentemente o som emitido por sua vibração, resumindo, estaremos tocando uma outra nota musical. As casas são contadas, no sentido da cabeça do violão para a caixa do violão.  
  
 

Capítulo 3: Afinação do Instrumento

Uma das coisas mais irritantes para um iniciante, é afinar o violão, primeiro porque ele ainda não desenvolveu habilidade auditiva, ele sabe que está desafinado, mas não sabe quando está afinado, e segundo, porque realmente é uma coisa difícil. 
A tensão nas cordas é regulada apartir das tarraxas (pinos que ficam na cabeça do violão, na extremidade do braço). Se o som produzido pela corda for mais baixo do que o desejado, é preciso girar a tarraxa correspondente para esquerda, isso irá aumentar a tensão na corda e fará com que o som fique mais agudo. 
Para afinar um violão, é preciso um som de referência, no caso pode ser a nota Lá, gerada através de um instrumento acústico chamado de diapasão, que pode ser de dois tipos: de percussão e de sopro, o primeiro é feito de metal e possui duas pontas, já o segundo é parecido com uma gaita. Este instrumento produz um som estabelecido internacionalmente pelo Congresso de Londres, em 1939. Numa temperatura de 20º C, o diapasão possui uma frequência de vibração de 440Hz, o que corresponde a nota Lá, que deve ser o som da 5ª corda solta. 
Depois de tomar uma verdadeira surra para igualar o som do diapasão com o da 5ª corda, podemos começar a afinar as outras. Procederemos da seguinte forma.

O som da 5ª corda pressionada na 5ª casa corresponde ao som da 
4ª corda solta (corda de baixo)
O som da 4ª corda pressionada na 5ª casa corresponde ao som da
3ª corda solta (corda de baixo)
O som da 3ª corda pressionada na 4ª casa corresponde ao som da
2ª corda solta (corda de baixo)
O som da 2ª corda pressionada na 5ª casa corresponde ao som da 
1ª corda solta (corda de baixo)
O som da 5ª corda pressionada na 5ª casa corresponde ao som da 
4ª corda solta (corda de baixo)
O som da 6ª corda pressionada na 5ª casa corresponde ao som da 
5ª corda solta (corda de cima)

Capítulo 4: Escala de Notas (Tons)

Depois de introduzirmos os conceitos fundamentais para iniciarmos o nosso estudo, iremos verificar o que acontece quando modificamos a tensão de uma corda, e entender porque podemos afinar o violão da forma proposta acima! 
Já dissemos acima que as casas são contadas no sentido da extremidade do braço até a caixa, ou seja a casa mais próxima da cabeça do violão (onde estão as tarraxas) é a primeira casa. 

A diferença de som, de uma corda solta para a mesma corda, pressionada na 1ª casa é de 1/2 tom acima. Isso significa que o som está 1/2 tom mais agudo. Uma nota com meio tom a mais, é representada pelo símbolo #. Por exemplo: a 5ª corda solta produz um , já a mesma corda pressionada na primeira casa, produz um Lá#. Quando aumentamos o tom, criamos uma escala ascendente (#) e quando diminuimos, criamos uma escala descendente(bmol), por exemplo, Si 1/2 tom abaixo é um Sibmol, que na verdade é igual ao La#, falamos Sibmol porque a nota original era o Si.

Se tivermos um Lá# e aumentarmos 1/2 tom (pressionando a 5ª corda na segunda casa) obteremos um Si
Todos sabemos a ordem das notas musicais:

 - Ré - Mi -Fá - Sol - Lá - Si - Dó

Do  para o , aumentamos 1 tom inteiro, do  para o Mi e do Sol para o  também. Já do Mi para o  aumentamos 1/2 tom e do Si para o Dó também! 

Por que o Mi e o Fá são diferentes?

Na verdade o que acontece com essas notas é o seguinte, tomaremos o Mi como exemplo, porem, acontece a mesma coisa para o Si. A frequencia de vibração da nota, que supostamente seria, Mi# é praticamente identica a frequencia do Fá. Para não termos duas notas com o mesmo som, (o Mi# e o Fá), decidiu-se que o Mi# seria automáticamente o Fá, sendo então abolido, portanto, não "existe" Mi# nem Si#!

Mi# não existe, seu valor é 
Si# não existe, seu valor é 

Pratique isso como exercício sempre que puder! 
Aumentando cada nota de 1/2 em 1/2 tom, Temos uma escala conhecido por "Cromática
Veja as escalas cromáticas de cada nota natural (entende-se por nota natural, Do, Re, Mi, Fa, Sol, La, Si) 
 

Solta
1ª     casa 2ª casa 3ª  casa 4ª  casa 5ª  casa 6ª  casa 7ª casa 8ª casa 9ª casa 10ª casa 11ª casa 12ª casa
Nota +1/2  + 1 
+ 1 1/2
  +2 
+ 2 1/2
  + 3 
+3  1/2
+ 4 
+4  1/2
  +5 
+5  1/2
  +6 
Dó#
Ré#
Mi
Fá#
Sol
Sol#
La
La#
Si
Ré#
Mi
Fá#
Sol
Sol#
Lá#
Si
Dó#
Mi
Fá#
Sol
Sol#
Lá#
Si
Dó#
Ré#
Mi
Fá#
Sol
Sol#
Lá#
Si
Dó#
Ré#
Mi
Sol
Sol#
Lá#
Si
Dó#
Ré#
Mi
Fá#
Sol
Lá#
Si
Dó#
Ré#
Mi
Fá#
Sol
Sol#
Si
Dó#
Ré#
Mi
Fá#
Sol
Sol#
Lá#
Si

Apartir desta tabela podemos entender por que afinamos o violão pela método proposto acima, tomaremos um exemplo, para que isso fique claro: 
(Consulte o capítulo 2 se tiver dúvidas). 
 

Capítulo 5: Formação dos Acordes (Maiores)

Acorde é um conjunto de notas tocadas ao mesmo tempo, formando uma composição perfeita. Os acordes são usados para tocarmos a música própriamente dita, e apartir de agora começaremos o nosso estudo! Nós estudaremos acordes no padrão universal, pelo que chamamos de CIFRAS. 
Por exemplo o acorde Dó é uma composição perfeita pois é formado pelas notas: Dó, Mi, Sol. 
A maioria dos acordes são formados basicamente por 3 notas, o que chamamos de Tríade.

Quer saber como os acordes são formados?

Fazendo uma escala Diatônica (Entende-se por Escala Diatônica, o que seria uma escala variando de 1 em 1 tom, porém isso não acontece pois do Mi para o Fá temos 1/2 tom e do Si para o Dó também, por isso a escala Diatônica possui a seguinte variação: 1, 1, 1/2, 1, 1, 1, 1/2) 

I

II

III

IV

V

VI

VII

VIII 
Mi Sol Si
Mi Fa# Sol La Si Do#
Mi Fa# Sol# La Si Do# Re# Mi
Sol La La# Do Re Mi Fa
Sol La Si Do Re  Mi Fa# Sol
La Si Do# Re Mi  Fa# Sol# La
Si Do# Re# Mi Fa# Sol# La# Si

Resumindo: 
Mi + 1 tom = Fa#, porque Mi + 1/2 tom = Fa. 
Si + 1 tom = Do#, porque Si + 1/2 tom = Do. 
A primeira coisa que podemos notar é que você não entendeu nada do que nós fizemos na tabela acima! O que é normal, pois você ainda não sabe umas coisinhas:

Os números em romano significam o grau da escala, cada grau corresponde a um tom, menos do II para o IV, que temos 1/2 tom e do VII para o VIII que também temos 1/2 tom.

Um acorde é formado pela PRIMEIRA, TERÇA e a QUINTA notas do quadro acima!

Ou seja,  é formado por: La, Do# e Mi.
Sol é formado por: Sol, Si e Re.

"Essa é a fórmula dos acordes maiores"

Outro ponto importante que podemos notar é que a I e a VIII são sempre iguais, isso é super importante, pois é um modo de você saber se está fazendo a tabela certo ou não! 
Treine bastante a tabela acima, tente faze-la numa folha de papel sem olhar, depois confira, essa tabela é o ponto chave para entendermos o que vem pela frente! 

 

Capítulo 6: Formação dos Acordes (Menores)

 

Neste capítulo iremos introduzir um outro tipo de acorde, os acordes menores. Os acordes menores são representados pela letra m em minuscula. Ex: DOm, REm, FAm e etc!

 

Assim como os acordes maiores, os menores também são formados por conjuntos de notas, porém a tabela que teremos que fazer será um pouco diferente. Lembra que no capítulo 4 que da III para IV e da VII para a VIII aumentavamos 1/2 tom? (Se não se lembra dê uma olhada na tabela do cap. 4). Para os acordes menores, os graus vão mudar, confira a tabela abaixo e veja que agora temos da II para III e da V para VI aumentos de 1/2 tom. 
 

 

I II III IV V VI VII VIII
DOm RE RE# FA SOL SOL# A# DOm
REm MI FA SOL LA LA# DO REm
MIm FA# SOL LA SI DO RE MIm
FAm SOL SOL# LA# DO DO# RE# FAm
SOLm LA LA# DO RE RE# FA SOLm
LAm SI DO RE MI FA SOL LAm
SIm DO# RE MI FA# SOL LA SIm

 

Lembrete:

 

Mi + 1 tom = Fa#, porque Mi + 1/2 tom = Fa. 
Si + 1 tom = Do#, porque Si + 1/2 tom = Do.

 

Se pegarmos a PRIMEIRA, a TERÇA e a QUINTA obteremos qualquer acorde menor!

 

Ou seja:

 

REm é formado pelas notas: REm, FA e LA
SOLm é formado pelas notas: Sol, La# e Ré

 

(m na tabela só consta a título de demostração) 
 

 

Capítulo 7: Introdução a notação de CIFRAS

 

Cifra é apenas uma notação diferente para os acordes, muitos a consideram um método, e na verdade realmente é. Existem dois métodos mais conhecidos para aprender e tocar violão, o método da Pauta Músical, que é bem mais preciso, pois contém a oitava que a nota deve ser tocada assim como o seu tempo e todos os detalhes para que a música seja tocada exatamente como seu criador a compos. No método das cifras, o processo foi simplificado, porém depende muito mais da sua habilidade e criatividade para conseguir fazer com que a música lembre a original. Por ser mais simples de entender, as cifras foram se tornando o padrão mais conhecido e utilizado pelos músicos amadores, você já deve ter visto algo parecido com isso:

 

Garçom (Reginaldo Rossi)

 

Dm                                  Gm 
Garçom, aqui, nesta mesa de bar 
                                   A                                       Dm   A
Você já cansou de escutar, centenas de casos de amor 
Dm                                           Gm 
Garçom, no bar, todo mundo é igual 
                                      A                                          Dm D7 
Meu caso é mais um, é banal, mas preste atenção por favor

 

Cifra Nota correspondente Cifra Nota correspondente
A Am Lá menor
B Si Bm Si menor
C Cm Dó menor
D Dm Ré menor
E Mi Em Mi menor
F Fm Fá menor
G Sol Gm Sol menor

 

Capítulo 8: Acordes com 7ª

 

Existem notas que além de serem formados pela PRIMEIRA, TERÇA e a QUINTA são formados também pela SÉTIMA. Estes acordes são chamados de Acordes com 7ª. Neste capítulo aprenderemos a fazer os acordes com 7ª apartir das tabelas dos capitulo 4 e 5.

 

Para acharmos a sétima menor de uma nota devemos pegar a primeira (que é sempre ela própria) e diminuir um tom inteiro e para charmos a 7ª Maior (Ex. D7M) pegamos a primeira e diminuimos 1/2 tom!

 

Portanto a notação é:

 

X7 - Leia X com 7ª menor ou apenas, X com sétima
X7M - Leia X com 7ª maior.

 

Por Exemplo:

 

A7 (La com 7ª), pegamos o próprio Lá (nota), que é a primeira de A (acorde) e diminuimos 1 tom inteiro.
ou seja, o A era formado por, La, Do e Mi daí pegamos a primeira de A que é Lá e diminuimos 1 tom, então A7 é formado por Sol, Do e Mi.

 

Por que pegar a primeira e diminuir 1 tom para achar a sétima menor, qual é a lógica?

 

Muito simples, um acorde com sétima é formado pela TERÇA, QUINTA e a SÉTIMA, para encontrarmos a sétima, é mais fácil você pegar a OITAVA e diminuir 1 tom inteiro, não é mesmo? É, exatamente o que nós fizemos, lembra que a 1ª a a oitava são iguais! Baixamos direto da primeira porque já sabemos que a primeira de qualquer nota é ela mesma!

 

Vamos a outro exemplo: 
Como achar D7 (Ré com 7ª)?

 

Primeiro passo: Quais as notas que formam D? 
Elas são: Ré, Fa# e Lá (Consulte o capítulo 4 se tiver dúvidas)

 

Sabemos que a primeira de qualquer nota é ela mesma, então a primeira do acorde Ré é a nota Ré, então vamos achar a sétima diminuindo 1 tom da primeira. Ré - 1 tom = Dó

 

Então, D7 é formada por: Do, Fa# e Lá. 
(Cuidado quando for diminuir 1 tom de Fa e Dó, pois Dó - 1 tom = La# e Fá - 1 tom = Ré#) 
 

 

Podemos lembrar também todos os acordes se apresentam conforme as seguintes denominações:

a) ACORDES CONSONANTES: Representam a série de acordes que ao serem tocados transmitem uma sensação repousante e harmoniosa. Geralmente são as "posições" mais fáceis de serem tocadas Portanto, nesta fase do curso, vamos usar principalmente estes acordes.

 

b) ACORDES DISSONANTES: Ao contrário dos anteriores, estes transmitem uma sensação mais tensa, mais chocante (dando a impressão de pouco harmoniosa). 
Estes acordes são utilizados principalmente na execução da "Bossa Nova" e do "Jazz". Muitas vezes, quando estes acordes são tocados separadamente, transmitem uma sensação de "erro", porém, no contexto geral da música tornam-se agradáveis.

 

Podemos lembrar também que stes símbolos abaixo são utilizados para nomear acordes:

 

M ou + Lê-se maior 
+5 " com quinta aumentada 
6 " com sexta maior 
7 " com sétima (menor) - da dominante 
7M " com sétima - Maior 
9 " com nona - Maior 
m " menor 
m6 " menor com sexta 
dim ou o " sétima diminuta 
m7 " menor com sétima 
-9 " com nona menor 

 

 

Capítulo 9: Acordes Relativos

 

Existem alguns acordes que são bem difíceis de serem feitos, alguns usam pestana outros exigem uma abertura de dedo muito grande, ou seja, tudo que os iniciantes fogem! Para sorte de vocês, existem acordes que possuem som bem parecido com outro acorde!

 

Como os acordes são formados pela PRIMEIRA, TERÇA e a QUINTA, acordes que possuam a terça e a quinta iguais sãs chamados de relativas (A primeira nunca será igual, pois a primeira de qualquer nota é ela mesma, além disso, se fosse igual seria a mesma nota).

 

Vejamos as principais notas relativas. 

 

Cifras Suas Relativas
A F#m
B G#m
C Am
D Bm
E C#m
F Dm
G Em

 

Capítulo 10: Inversões

 

Fazer a inversão de um acorde significa colocar na base desse acorde, ao invés da nota fundamental, a mediante ou a dominante. Por exemplo: C é formado por: Dó, Mi e Sol. Sua primeira inversão, é em Mi, sua segunda Inversão é em Sol e sua Terceira Inversão é em Si, e o que isso significa? 
Mi, Sol e Si correspondem, respectivamente à TERÇA, QUINTA e a SÉTIMA de Dó. 
As inversas devem ser adicionadas as notas originais, ou, as notas originais devem ter o baixo na nota inversa. 
 

 

Exemplos: Existem duas notações: 

 

1ª Notação

2ª Notação

Quando temos algo parecido com X/Y, onde X é uma nota qualquer e Y é outra nota qualquer.

Quando temos algo parecido com X/N onde X é umanota qualquer e N é um número qualquer.

Exemplos: Exemplos:
G/A C/7
Em/B D7/9
Fa#/E E7/11

 

Você já deve ter visto algo parecido com isso: 
 

 

Tempos Modernos 
De: Lulu Santos

 

Introdução: (G/D D) A Em

 

G                       D              A7 A6 
Eu vejo a vida melhor no futuro 
Em                    G                   D A7 
Eu vejo isto por cima de um muro 
       Em/B 
De hipocrisia 
Em                           C7+       C/D 
Que insiste em nos rodear

 

Na introdução, temos logo de cara um Sol com baixo em Ré, analizando a nota, através da tabela do cap. 5, descobrimos que Ré é a Quinta de Sol, ou seja, sua 2ª inversão!

 

Depois temos Mi menor com baixo em Si, Si também é a Quinta de Mi menor, portanto também é a 2ª inversão.

 

Já o Dó com baixo em Ré, na última linha, é uma outra nota, não é uma inversa, pois a inversa deve ter baixo ou na TERÇA, na QUINTA ou SÉTIMA. Analizado esta nota, chegamos a conclusão que o Ré, é a NONA de Dó. (ou SEGUNDA, mas a notação mais usual é a oitava superior)

 

Por que Ré é a Nona de Dó?

 

Sabemos que a PRIMEIRA e a OITAVA são iguais, por que? Uma oitava é constituida por 8 notas, por exemplo: Do, Re, Mi, Fa, Sol, La, Si. (1ª Oitava).Do, Re, Mi, Fa, Sol, La, Si, Do.  (2ª Oitava)
                       1     2    3    4    5     6    7                     8     9   10   11  12  13   14 15 

Capítulo 11:Cifrado

Cifrado é a nomenclatura universal moderna de hamonização . Onde os nomes das notas são substituídos por letras .

A (lá)  B (si)  C (dó)  D (ré)  E (mi)  F (fá)  G (sol) 

Acidentes: # (sustenido) aumenta anota meio tom 
                  b (bemol) diminui a nota meio tom

Códigos: m (acorde menor)         + ou M (acorde maior) 
                  °  (acorde diminuto)     /  (acorde com o baixo alterado) 
                  -  (acorde diminuído)   Ex. (E/D = Mi maior com o baixo em Ré) 
 

Capítulo 12:Transporte

O transporte é utilizado para modificar a tonalidade da música para mais aguda ou para mais grave. 
Se a música estiver cifrada muito baixa na marcação original encaminha-se para a direita até achar o tom ideal . Quando estiver cifrada muito alta encaminha-se para esquerda .

                  Para a direita ----------: mais alto 
                  Para esquerda :--------: mais baixo 
 

Capítulo 13: Baixo

O baixo tem função de reforçar harmoniosamente as notas graves dos acordes . 
Todo acorde é formado pôr três ou mais notas.

1º  Tônica   2º  Terça   3º  Quinta   4º  Dissonância 
No baixo contasse as notas da corda MI para a corda sol . No sentido de aumento de tom. . Na maior parte dos acompanhamentos , o baixo utiliza a tônica  
como a nota preponderante , portanto as outras notas podem ser utilizadas para fazer um desenho melódico , e com isso obter um resultado mais colorido no acompanhamento.... 
  
DÓ = 33   RÉ = 35  MI = 40  FÁ = 41  SOL = 43  LÁ = 45  SÍ = 32 

Esse é um sistema de números que facilita a identificação da nota , ele procede da  
Seguinte maneira ,contasse as cordas de baixo para cima dando números decimais como nome ...

Corda 1 solta = 10  Corda  2 solta = 20  Corda 3 solta = 30  Corda 4 solta = 40

Se a corda 1 estiver pressionada na primeira casa será 11 se estiver pressionada 
Na Segunda será 12 e assim sucessivamente com as outras cordas.....

 

Capítulo 14: Escalas
Vamos aprender a construir uma escala de Dó a Dó e com todos os seus acidentes. 
Para isto precisamos saber que entre Mi e Fá - Si e Dó não há sustenido (#) ou bemol (b), e que o # e o
 b ocupam a mesma casa ou seja um Fá # está localizado na mesma casa 
Em que vamos encontrar o Sol b. 
 Logo temos. 
 Dó|#|Ré|#|Mi|Fá|#|Sol|#|Lá|#|Si|Dó ou Dó|b|Ré|b|Mi|Fá|b|Sol|b|Lá|b|Si|Dó 
Mi--|Fá-|#-b|Sol|#-b|Lá-|#-b|Si-|Dó-|#-b|Ré-|#-b|Mi-| 
Lá--|#-b|Si-|Dó-|#-b|Ré-|#-b|Mi-|Fá-|#-b|Sol|#-b|Lá-| 
Ré--|#-b|Mi-|Fá-|#-b|Sol|#-b|Lá-|#-b|Si-|Dó-|#-b|Ré-| 
Sol-|#-b|Lá-|#-b|Si-|Dó-|#-b|Ré-|#-b|Mi-|Fá-|#-b|Sol| 
Si--|Dó-|#-b|Ré-|#-b|Mi-|Fá-|#-b|Sol|#-b|Lá-|#-b|Si-| 
Mi--|Fá-|#-b|Sol|#-b|Lá-|#-b|Si-|Dó-|#-b|Ré-|#-b|Mi-|

 

Capítulo 15: Transposição de Tons
A transposição de tonalidade é o meio de fazer com que uma música que você já tenha 
cifrada em casa, mas não consegue cantar por não conseguir alcançar a tonalidade, 
possa ser baixada ou aumentada, em sua tonalidade, de acordo com as suas necessidade, 
servindo também para facilitar o trabalho de outros instrumentistas evitando que 
tenha que tocar em tonalidades difíceis de ser executadas. 
 Para isso utilizamos a escala.
Dó|#|Ré|#|Mi|Fá|#|Sol|#|Lá|#|Si|Dó 
 Faremos dois exemplos para a sua compreensão. 
EXEMPLO 1 
Digamos que, uma música foi feita originalmente nos acordes Dó - Fá - Sol, mas 
quando você a executa a sua voz não alcança algumas notas por serem muito agudas, 
é nesta situação que recorreremos ao uso da transposição de tonalidade, e trocaremos
 os acordes por outros mais graves logicamente. 
 Usando a escala acima vamos diminuir meio tom ou seja vamos localizar os acordes 
Dó - Fá - Sol na escala e voltar um acorde. 
 Resultado o acorde Dó passará a ser Si, o acorde Fá passará a ser Mi e o acorde 
Sol passará ao acorde Fá #. 
EXEMPLO 2 
Digamos que o caso seja inverso, que a música que você pretende executar é muito grave 
e você quer que a melodia se torne mais aguda. 
 Tomaremos como base os acordes Mi - Lá - Ré, e usando a escala alteraremos um tom, 
ou seja duas notas para frente. 
 Resultado o acorde Mi passará a ser o Fá # o acorde Lá passará a ser o acorde Si 
e o acorde Ré a Mi. 

Capítulo 16:Técnicas

* Ligaduras (Legato)


É a ligação de som que aparece entre uma nota fixa e uma nota solta. Também conhecida como legato, é uma técnica amplamente empregada em aranjos e solos. Existem basicamente dois tipos de ligaduras: uma ascendente e outra descendente, conhecidas respectivamente como Hammer-on e Pull-of.


Hammer-on (h)

Consiste basicamente em tocar uma nota e fazer a outra soar sem auxílio da mão direita. A nota ligada será martelada com um dedo da mão esquerda. Esta nota que vai soar depois da primeira, vai estar sempre na mesma corda é em qualquer uma casa acima (ligadura ascendente).

Abaixo temos um exemplo de aplicação de hammer-ons feito sobre uma escala pentatônica.

 e:|--------------------8h10--12----------------| B:|--------------8h10---------------------------
| G:|---------7h9---------------------------------| D:|---7h10--------------------------------------
| A:|-----------------------------------------------| E:|-----------------------------------------------|
 Di: 1 4 1 3 2 4 2 4 4 


Execução

Para executar o trecho acima, siga a digitação da mão esquerda representada por "Di". Toque a nota da corda (D) 7ª casa com o dedo 1, a nota da 10ª casa será obtida através de uma martelada com o dedo 4. A martelada deve ser feita sem soltar o dedo 1 da 7ª casa. Depois temos uma ligadura na corda (G) 7ª casa ligada com a 9ª casa, a martelada agora é feita com
o dedo 3. As outras ligaduras serão executadas da mesma forma.


Representação

Na tablatura acima temos quatro ligaduras do tipo "Hammer-on", representadas pela letra "h". Note que o primeiro número antes do "h" é sempre inferior ao segundo (ligadura para cima).

Em outras formas de representação em tablaturas, encontraremos as ligaduras representadas pelo símbolo (_) entre dois ou mais números. Neste formato não temos indicado o tipo de ligadura (hammer-on ou pull-of).

Abaixo temos outro exemplo de aplicação de hammer-ons feito sobre a escala maior de G.

 e:|--10_12--8_10--7_8--5_7--3_5--2_3_2_0--| B:|-------------------------------------------------
| G:|-------------------------------------------------| D:|-------------------------------------------------
| A:|-------------------------------------------------| E:|-------------------------------------------------
| Di: 1 3 1 3 1 2 1 3 1 3 1 2 1 



Analisando o exemplo acima, nota-se no trecho final (2_3_2_0) um conjunto de ligaduras, onde (3_2_0) são descendentes (Pull-of).


Pull-of (p)

Pull-off é de certa forma o inverso de um hammer-on, consistem em soltar rapidamente uma nota fazendo com que a mesma soe solta ou apertada em um traste anterior, sem auxílio da mão direita. Esta nota que vai soar solta, vai estar sempre na mesma corda é em qualquer uma casa abaixo (ligadura descendente).

Neste exemplo temos a aplicação de pull-ofs feito sobre uma escala pentatônica.

 e:|---10p8--------------------------------------| B:|--------10p8---------------------------------| G:
|-------------9p7------7----------------------| D:|------------------10--------------------------| A:
|-----------------------------------------------| E:|-----------------------------------------------
| Di: 4 2 4 2 3 1 4 1 




Execução

Para executar o trecho acima siga a digitação da mão esquerda representada por "Di". Para executar (10p8) o dedo 2 da mão esquerda deve estar posicionado na 8ª casa, toque a nota da corda (e) 10ª casa (pressionada pelo dedo 4) é puxe soltando a nota com o mesmo dedo. O importante é sempre estar com o dedo da nota anterior posicionado.


Representação

Na tablatura acima temos três ligaduras do tipo "Pull-of", representadas pela letra "p". Note que o número antes do "p" é sempre superior (ligadura para baixo).

No próximo exemplo temos a aplicação de pull-ons feito sobre a escala maior de G.

 e:|--12_10--10_8--8_7--7_5--5_3--3_2_0-----| B:|-------------------------------------------------
| G:|-------------------------------------------------| D:|-------------------------------------------------
| A:|-------------------------------------------------| E:|-------------------------------------------------
| Di: 3 1 3 1 2 1 3 1 3 1 2 1 

 

Obs.:
No início é difícil conseguir um som satisfatório das notas marteladas ou puxadas, a técnica de ligaduras exige um bom instrumento, agilidade e treinamento.


Lick de exemplo

No exemplo abaixo temos a aplicação de hammer-ons e pull-ofs em uma escala de D maior (desenvolvimento do Ag2 no 5º Tr. dedo 2 na 5ª corda).

 Ag3 Ag2 e:|--7h9p7-10--9-7----7-----------------------------------------| B:|----------------
10---10-8-7h8p7---7-------------------------| G:|--------------------------------9-----9-7h9p7-/6~-----------
| D:|----------------------------------------------------------------| A:|--------------------------------------------
--------------------| E:|----------------------------------------------------------------
| Di: 1 3 1 4 3 1 4 1 4 2 1 2 1 3 1 3 1 3 1 1 Ag2 e:|------------------------------------------
---------------------| B:|--------------------------------------------------------------
-| G:|--6h7p6-9--7-6---6-----------------------------------------| D:|------
---------9-----9-7h9p7-/5--5h7p5-4~---------------| A:|--------------
-------------------------------------------------| E:|--------------------------
-------------------------------------| Di: 1 2 1 4 2 1 4 1 4 2 4 2 2 2 4 2 1

 

Capítulo 16:Técnicas

 

*Trinados (Trill)

 

É um tipo de ligadura que envolve uma combinação de Hammer-ons e Pull-ofs em sequência. Os trinados são classifaicados em simples e compostos podendo ser de curta ou de longa distância.

Trinado simples

O exemplo abaixo contém 3 trinados simples de curta distância.

 
 trill trill trill e:|--5h8p5----8h10p8----10h12p10----------| B:|---------------
----------------13--10--------| G:|----------------------------------------------| D:|--
--------------------------------------------| A:|----------------------------------------------| E:|----
------------------------------------------| Di: 1 4 1 1 3 1 1 3 1 4 1 
 




O trinado simples contém somente uma nota solta, no exemplo acima os trinados são classicados como de curta distância, por que são executados somente com a mão esquerda. Note que neste caso não foi mostrado a quantidade de vezes que foi executado cada trinado, como no exemplo abaixo, outro trinado simples a curta distância:

 
 Trill e:|--5h7p5h7p5h7---/9--7p5---5-------------| B:|------------------------7---------------------| G:|-------
---------------------------------------| D:|----------------------------------------------| A:|-----------------
-----------------------------| E:|----------------------------------------------| Di: 1 3 1 3 1 3 3 3 1 3 1 
 




No próximo exemplo uma situação comun, um trinado simples usando uma nota obtida em uma corda solta:

 
 Tr ~~~~~~ e:|------------------------------------------------| B:|-----------------------------------------
-------| G:|------------------------------------------------| D:|------------------2---------------------
--------| A:|-----0-(2)--------------------------------------| E:|--0----------------------------------
------------| Di: 3 3 
 




Obs.: Nos trinados a curta distância somente a primeira nota será ferida com a paleta, as outras serão obtidas através das ligaduras (Hammer-ons e Pull-ofs) usando somente os dedos da mão esquerda.


Representação

Como exempilficado acima os trinados sempre estão contidos em sequências de ligaduras que podem vir acompanhadas da palavra "Trill" ou do símbolo "Tr ~~~~ ".

 

 

Trinado composto

É o trinado que contém mais de uma nota solta:

 

 

 
 Tr ~~~~ Tr ~~~~ e:|--8p7p5----10p8p7----10h12-8h10--7h8p7--5---------| B:|-------------------------
-------------------------| G:|--------------------------------------------------| D:|----------------------------
----------------------| A:|--------------------------------------------------| E:|----------------------------------
----------------| Di: 4 3 1 4 2 1 1 3 1 3 1 2 1 1
 

 

 

Obs.:

 
  • Os trinados simples são repetições de ligaduras entre duas notas;
  • Os trinados compostos são repetições de ligaduras entre três ou mais notas;
 

 

Trinado à longa distância (Two Hands)

Técnica também conhecida como "Two Hands" utiliza-se as duas digitações. Utilizar duas digitações significa tocar a escala no braço do intrumento com a mão esquerda e direita.

Abaixo temos um exemplo onde a nota indicada por "T" (Tap) e um "martelado" com o dedo médio da mão direita. A sequências de trinado abaixo são todas compostas, possuem três notas ligadas.

 
 T T T T T e:|-12-_2h3p2---10-_2h3p2---9-_2h3p2---7-_2h3p2--5-_2h3p2-----| B:|-----------------------------
------------------------------ | G:|-----------------------------------------------------------| D:|---------------------
--------------------------------------| A:|-----------------------------------------------------------| E:|------------
-----------------------------------------------| Di: (2) 1 2 1 (2) 1 2 1 (2) 1 2 1 (2) 1 2 1 (2) 1 2 1 
 




Execução

Note que as notas marteladas são pull-ofs executados a longa distância, uma nota na 12ª casa e a outra na 2ª. Para executar o martelado, martele a nota é realize uma puxada soltando a nota fazendo-a soar, semelhante ao pull-of.


Representação

Além do símbolo "T" temos também na linha (Di) digitação da mão esquerda, a indicação (2) do dedo médio da mão direita (martelada).

Neste outro exemplo temos vários trinados compostos a longa distância, os três primeiros são executados 4 vezes cada:

 
 ___4x___ ___4x___ ___4x___ T T T e:|--15p5h7p5-------------------15p5h7p5-------------| B:|----------
------15p5h7p5-----------------------------| G:|--------------------------------------------------------| D:|---
-----------------------------------------------------| A:|--------------------------------------------------------| E:|--
------------------------------------------------------| Di: (2) 1 3 1 (2) 1 3 1 (2) 1 3 1 T T T T T e:|--13p5h7p5-
--15p5h7p5---17p5h7p5---18p5h7p5---20p5h7p5--| B:|--------------------------------------------------------| G:|-
-------------------------------------------------------| D:|--------------------------------------------------------| A:|--
------------------------------------------------------| E:|--------------------------------------------------------
| Di: (2) 1 3 1 (2) 1 3 1 (2) 1 3 1 (2) 1 3 1 (2) 1 3 1 
 

 

 

 

Lick de exemplo

Lick construido sobre uma escala pentatônica, observe a utilização dos hammer-ons, pull-ofs e trinados.

 
 e:|---8-5----5-------------------------------------------------- -| B:|-------8----8--5--8--5-----5--------------
-------------------| G:|------------------------7-----7--5h7p5---5------------------| D:|----------------------
-----------------7-----5h7p5----5-----| A:|----------------------------------------------------7--------- | E:|---
----------------------------------------------------------- | Di: 4 1 4 1 4 1 4 1 3 1 3 1 3 1 3 1 1 3 1 3 1 Tr ~
~~~ e:|----------------------------------------5----5h8p5---------| B:|------------------------------5----5--8---8--
---------------| G:|-------------------5----5--7----7---------------------------| D:|--------5----5--7----7-----------
---------------------------| A:|--(5)/7---7------------------------------------------------- | E:|------------------
------------------------------------------ | Di: 3 1 3 1 3 1 3 1 3 1 3 1 4 1 4 1 4 1 e:|---8/-10h8---------------
----------------------------------| B:|-----------10--8h10p8------8-10~------------------------| G:|-----------------
------9b-----------------------------------| D:|------------------------------------------------------------| A:|----------
--------------------------------------------------| E:|------------------------------------------------------------
| Di: 4 4 2 4 2 4 2 3 2 4 
 
 

 
 

apítulo 16:Técnicas

 

Trêmulo

 

Técnica conceituada como oscilação vertical da palheta, que consite em "tremer" executando paletadas rápidas e constantes sobre as notas. E umatécnica bastante difundida entre guitarristas virtuosos. Escute e veja o exemplo abaixo:

 
 Trêmulo *****************************************************> e:|-----------------------------------
-------------------------------| B:|------------12--10--------10-12-10----------------------------| G:|--12--11-12--
-------12-------------12-11--9--11--12--------| D:|-----------------------------------------------------------------
-| A:|------------------------------------------------------------------| E:|------------------------------------------
------------------------| Di: 3 2 3 4 2 4 2 4 2 4 3 1 3 4 Trêmulo **********************************
*******************> e:|--------------------------------------------------------------------------| B:|-12-10--
---------12/-14--12--10---------------------10--------------| G:|-------12-11--9---------------------12/-14--
--11-12----12-11-9----| D:|-------------------------------------------------------------------------| A:|------------
-------------------------------------------------------------| E:|--------------------------------------------------------
-----------------| Di: 4 2 4 3 1 4 4 4 1 4 4 3 4 3 4 3 1 
 
 




Execução

Segure mais no centro da paleta com firmeza, procure ferir a corda somente com a ponta da paleta, mantenha o ritmo do movimento sempre igual, veja outro exemplo:

 
 Trêmulo ********************************************************> e:|--12-10-12--------------
------------------------------------------------------ | B:|-----------13-12--13-12-10---12-13-12-10/-8----8-10/-
12-10-8---------| G:|--------------------------------------------9-----------------9-7-9------------| D:|----------
---------------------------------------------------------------------- | A:|--------------------------------------------
-------------------------------------| E:|-----------------------------------------------------------------------------
----| Trêmulo ********************************************************> e:|------------------
-------------------------------------------------------| B:|-------------------------------------------------------------
------------| G:|-----7-9-7/-5-7-5/-4-5-4---4-----------------------------------------| D:|--10-------------------
--7---7-5-7-5-4-5-4---4-----------------------| A:|-------------------------------------------7---7-5-7-------------
-------| E:|--------------------------------------------------------------------------| Trêmulo *****************
***************************************> e:|---------------------------9-11-12------------------------
------------ | B:|--------------------10-12----------------------------------------------| G:|---------------9-11---
-------------------------------------------------| D:|-------7/-9-11----------------------------------------------------
-----| A:|--7-9-------------------------------------------------------------------| E:|-------------------------------
------------------------------------------| 
 
 

 

 

 

No próximo exemplo, a técnica de trêmulo foi aplicada em um trecho que se repete na mesma corda:

 
 ---> e:|----------------------------5------5----8--------------------- | B:|----------------6-----6--8-----8---------
---------------------| G:|-----5----5--7-----7----------------------------------------- | D:|--/7---7----------------
-------------------------------------- | A:|--------------------------------------------------------------- | E:|-------
-------------------------------------------------------- | Di: 3 1 3 1 3 2 3 2 4 1 4 1 4 Trêmulo ************
*******************************> e:|---10-8-10-12-10-12-13-12-13-15-13-15-17-15-17-18-17-18-20-
---| B:|---------------------------------------------------------------| G:|-------------------------------------------
--------------------| D:|---------------------------------------------------------------| A:|--------------------------
-------------------------------------| E:|--------------------------------------------------------------
-| Di: 4 2 4 4 2 4 4 3 4 4 2 4 4 2 4 4 3 4 4 
 



É comum encontrar o trêmulo em trechos de solos e arranjos, ou até mesmo aplicado em melodias inteiras em peças de música instrumental.

 

 

1º Exercício

Este exercício é específico para treinar as paletadas com a mão direita.

 
 Trêmulo *******************************************> e:|--*-*-*)-(*-*-*-------------------------------
-------------------| B:|------------------*-*-*)-(*-*-*----------------------------------| G:|--------------------------
--------*-*-*)-(*-*-*------------------| D:|--------------------------------------------------*-*-*)-(*-*-*--| A:|----
----------------------------------------------------------------| E:|-----------------------------------------------------
---------------| 
 

 

 

Neste exercício a mão esquerda tem o papel de abafar as cordas. Começe deslizando os dedos (mantenha o dedo apenas encostado na corda) apartir da primeira casa até o fim do braço na 1ª corda, realizando o trêmulo com a mão direita. Depois repita o movimento voltando para a primeira casa. Repita este procedimento para todas cordas. 

As paletadas devem ser constantes, sem atrasos ou paradas nas notas. Segure a paleta com firmeza procure paletar somente com a ponta. Uma boa dica é experimentar paletas de espessura e textura diferentes, uma boa paleta facilita muito na execução de certas técnicas.

 


Capítulo 17: Dúvidas Cruciais: Tom, Batida e Ouvido

 

Muitos usuários me enviam e-mail com diversas dúvidas, e dentre elas irei enumerar e explica explicar aqui as principais que atormentam bastante a vida deles. Mas lembre-se que é preciso bastante treinamento e paciência para se ter êxito na execução deestas técnicas. Nada se aprende de uma hora pra outra. Vamos a elas:

1) Como identificar o tom de uma música,

 

2) Como saber a batida de determinada música

3) Como treinar meu ouvido para uma cifragem correta.

 

 

 

Identificando o Tom

 

Bom, isso é uma questão meio complicada de explicar, pois isso depende exclusivamente de você músico. Para se identificar o tom de uma música, é necessário, antes de mais nada, dominar os acordes suas dissonantes e principalmente ter um ouvido bem apurado. Se você não saber os acordes e suas ramificações de nada vai adiantar você querer identificar o tom de uma canção. 

A dica que dou é que depois de fazer um estudo detalhado dos acordes, procure pegar um CD, escolha uma música e já na introdução dela tente perceber os acordes usados, para quando começá-la ficar mais fácil a identificação. Geralmente as músicas começam com acordes puros, tipo C G D E F D# Bb e por ai vai. Vai tocando junto com as músicas todos esses acordes simples até você perceber com seu ouvido que o tom está batendo com o acorde que você utilizou. 

Mas lembre-se: Você só terá êxito nessa operação, se o seu violão estiver bem afinado. Caso contrário, será perda de tempo

 

Batidas

 

Esse é outro quesito com bastante dúvidas. Todos devem lembrar inicialmente, que hoje em dia não existem mais músicas que devem ser tocadas por aquela determinada batida. Por exemplo: Atualmente, não tem regra de que uma música sertaneja tem que ser tocada com a batida sertaneja e por aí vai. 

Os ritmos estão muito misturados. Hoje, um pagode é tocado em arpeggio, que é uma batida especialmente pra músicas românticas. Então o que vocês devem pensar, é nunca seguir a regra. Procurem utilizar a batida pra música que está sendo tocada. Não liguem se o grupo é de forró e tem que tocar a batida de forró. Hoje, como todas as músicas estão meio ``comerciais`` os ritmos ficam misturados, e o que é forró, pode ser algo romântico. Sei que é difícil vocês entenderem no início, mas tente ir tocando junto com a música para vocês perceberem a batida que será utilizada. 

Inventar também é preciso! Não pensem que só existem aquelas batidas que coloquei no site. Existem muitas outras e nós devemos ser criativos. Vários cantores não inventam acordes? E porque não devemos inventar as batidas? Serja original antes de mais nada. Mas quando for criar uma batida, crie algo em que haja sincronização com o tempo da música e com os acordes.

 

Treinando meu Ouvido

 

Essa é uma parte que também depende de cada um. Ter um ouvido bem apurado é resultado de bastante treinamento e vontade. Para ser um músico completo, você precisa identificar os acordes com mais facilidade, pois muitas vezes você pode estar reunido com amigos em alguma roda de música e ai quando for pedido pra se acompanharem eles durante a execução da canção, você ficará perdido.

Lembre-se que não é so pra cifrar músicas que precisa  ter um ouvido bom, mas também pra saber tocar junto com os outros em grupos, principalmente quando for feito algum improviso. Já imaginou se o público pede uma música fora do repertório e ai um dos integrantes sabe os acordes e você não sabe. É nessas horas que o ouvido entra em ação. Vc não pode pensar múito. 

Tão logo comece a canção, tente imediatamente identificar os acordes. Sei que é complicado, mas é preciso. Faça treinamento com todos os instrumentos principalmente violão e teclado que têm bastante ligação.

Capítulo 18:Agilidade nos Dedos

Estamos de Volta! A partir de agora entraremos na fase final do Curso de Violão. Nossa intenção não é apresentar aqui uma infinidade de assuntos pra fazer com que você iniciante se confunda e sim apresentar de forma resumida e básica todo um estudo do Violão para que você saia daqui tocando alguma coisa da melhor forma possível.

Estamos preparando uma apostila virtual de Violão. Esta apostila terá mais de 100 páginas feitas no word com um Curso Completo de Violão com os asssuntos abordados aqui de uma forma mais detalhada, com imagens, demonstrações e outros diferentes tópicos que vale a pena conferir.Seria importante você comprar esse valioso material pois você pode personalizar a apostila da maneira que quiser e terá em mãos um material rico que vai ajudar pra caramba nos seus estudos ao lado de um professor ou na escola. Até porque é uma coisa muito mais organizada e rica em informações. E por apenas Dez Reais. Aguarde que em breve estará a venda em nosso site!

Bem, mas nese capítulo tentaremos dar início a uma série de atividades para que você adquira mais agilidade nos dedos e nas mãos. Pois lembre-se: Pra você solar, fazer pestanas e acordes complicados é importantíssimo que sejá bastante ágil.

Veja abaixo os exercícios que proponho.

Então aí estão :

Este 1° exercício é puramente de digitação.

Use os dedos 1, 2, 3 e 4 (mão esquerda) alternando a ordem em que eles são tocados. Na mão direita, use os dedos I , M e A.

Exemplo:

-----------------------------------------------------------------

-----------------------------------------------------------------

-----------------------------------------------------------------

----------------------------------------(1)--(4)--(2)--(3)-------

--------------------(2)--(3)--(4)--(1)---------------------------

(1)--(3)--(2)--(4)-----------------------------------------------

Continue o exercício trocando a ordem dos dedos.

Tente as seguintes combinações:

1 2 4 3 2 1 3 4 3 1 2 4 4 1 2 3

1 3 4 2 2 1 4 3 3 1 4 2 4 1 3 2

1 4 3 2 2 3 1 4 3 2 1 4 4 2 1 3

 

Dica

Faça uma série da 6ª corda até a 1ª indo do começo ao fim do braço do violão. Comece lentamente e vá aumentando gradativamente a velocidade à medida que não haja erros.

Voltando agora para a mão direita, faça o seguinte:

Deixe as cordas soltas e toque dessa maneira

----------A----

-------M-------

-----I---------

---------------

---------------

-P-------------

 

Toque o polegar na 6° corda e depois seguidamente os dedos I, M, e A nas 3°, 2° e 1° cordas respectivamente.

O Polegar é tocado de cima para baixo e o restante dos dedos de baixo para cima, "puxando" as cordas.

Dica

Quando tocar o Polegar faça como se estivesse "empurrando" a corda para frente e não apertando-a para baixo.

Toque primeiro o polegar na 6° corda mas depois faça o exercício usando a 5° e 4° cordas.

Comece lentamente e aumente a velocidade quando estiver seguro.

Tente manter um ritmo ao fazer esse exercício.

Faça também desta maneira:

P   I   M   A   M   I

Partiremos então para a escala maior:

Outras digitações: Em E (Mi Maior)

----------------------------------------------------2--4--5-----

-------------------------------------------2--4--5--------------

----------------------------------1--2--4-----------------------

-------------------------1--2--4--------------------------------

----------------0--2--4-----------------------------------------

-------0--2--4--------------------------------------------------

 

Este próximo é em C(dó Maior) e está dividido em terças, toque uma nota e a próxima será uma terça acima dela.

-----------------------------------------------------------------

---------------------------------------------------------3-----5-

---------------------------------2------4----2----5----4-----5---

----------2------3---2---5---3-------5---------------------------

---3---------5---------------------------------------------------

-----------------------------------------------------------------

Faça esses dois últimos exercícios em todos os tons indo e voltando

Capítulo 19:Batidas

 
Você já deve ter visto em nosso site uma forma de fazer as batidas do violão, né? Mas muitas pessoas não entendem daquela forma, pois isso depende de usuário para usuário. Tem alguns que sentem facilidade aprendendo daquela maneira, outros já sentem facilidade com uma outra forma. 

Então irei colocar aqui uma forma que também pode ser ensinada. é um pouco mais complicada, mas quem já possuir um pouco mais de afinidade com o instrumento vale a pena aprender. 

Para indicar estas batidas usaremos um sistema muito simples veja:
 B / || / B... || / || Esta batida é um acompanhamento muito comun em musicas populares. Observe abaixo
 alguns dos simbolos usados e seus significados: B - Baixo Representa um toque com o polegar no baixo do 
acorde formado / - Marcação curta para cima || Representa o toque para cima nas cordas inferiores do acorde
 formado (1º para 3º cordas) usando o dedo indicador || - Marcação curta para baixo / Representa o toque
 para baixo nas cordas inferiores do acorde formado (3º para 1º cordas) usando o dedo indicador || - Marcação
 prolongada para baixo || / Representa o toque para baixo em toadas as cordas do acorde formado, usando o 
dedo indicador || - Marcação prolongada para baixo com abafamento || / Representa o toque para baixo em
 toadas as cordas ~~ do acorde formado, usando o dedo indicador adicionado um abafamento coma a palma da 
mão direita O abafamento consiste em dar um tapa com a palma da mão sobre as cordas, com a finalidade de
 parar sua vibração. Representação da mão direira nos gráficos dos acordes 
 C G |-----|-----|-----|:E b |--2--|-----|-----|:E b |--3--|-----|-----|:A |-----|-
-1--|-----|:A |-----|--2--|-----|:D |-----|-----|-----|:D . |-----|-----|-----|:G . |
-----|-----|-----|:G . |-----|-----|--1--|:B . |-----|-----|-----|:B . |-----|-----|
-----|:e . |--3--|-----|-----|:e Lembrando dos gráficos de acorde, note que
 são indicados com a letra b do baixo e os três pontos nas cordas inferiores,
 que representam as marcações da mão direita. Os pontos indicam as cordas 
que devem ser batidas. Agora veja abaixo alguns exemplos de batidas: 
B / || / B... || / || B / || / || / || / B... || / || || || / || / ~~ B / || B... ||
 || / ~~ B || B / || B... || || || / / B || B... || / ~~ B / || / || / B... || / || || || 
/ ~~ B / || / B / || / || / B... || || || || / || || || / / ~~ ~~ B / || / B... || || || / ~~ 
Número de Batidas Algumas das cifras publicadas neste site indicam atráves de números
 mostrados acima do acorde a quantidade de vezes que deve ser usada a batida completa na 
presente posição. Isto facilita a percepção e o acompanahamento para os iniciantes.

Capítulo 20: A importância das Cordas

 

Antigamente as cordas eram feitas de Tripa de animais, atualmente são feitas de metal ou náilon, as de náilon geralmente são utilizadas em violões clássico e flamenco. As cordas de metal amarelo e as de náilon não funcionam em guitarras. 

Nos violões de 12 cordas elas são afinadas em pares de oitavas.

- Revestimentos

As cordas recebem um revestimento sobre a alma, com a finalidade de aumentar sua espessura, sem com isso ocasionar tensão excessiva no braço do violão. 
Este revestimento é feito de diversos tipos de material, tais como aço inoxidável, níquel, cobre, latão etc.

Os revestimentos podem ser: 

- Revestimento de fio arredondado; 
- Revestimento de fio chato; 
- Revestimento Lixado; 
- Cordas compostas (seda e metal).

- Tipos de cordas:

De aço De náilon
Ultraleve    Leve
Extraleve MediaDura
Leve  
MediaPesada  

- Tensão

O excesso de tensão pode arrebentar as cordas e até empenar o braço do seu instrumento, por isso afine sempre o violão pelo diapasão, pois a tensão máxima aceita pela maioria dos violões é um tom acima do diapasão. 

Mantenha as cordas limpas evitando a perda de elasticidade, o desgaste e a ferrugem causada pelo suor dos dedos que prejudicam o tom e contribui para a diminuição do tempo de utilização das cordas. 

As técnicas de toque pesado contribuem para o encurtamento do tempo normal de duração das cordas também.

- Instalação das Cordas:

Esticar com os dedos as cordas após a afinação, é uma técnica para evitar que as cordas tenham que ser afinadas várias vezes. 

Ao instalar as cordas tome cuidado para não dobra-las, isto é muito comum acontecer. 
Soltar as cordas por igual, para evitar envergar o braço, o correto é soltar uma volta para cada cravelha. 

Evite o uso de cordas de aço em violões clássicos, alguns violões são projetados para cordas de náilon, e quando utilizamos cordas de aço nestes violões corremos o risco de empenamento do braço. 

Quando o instrumento não for utilizado por um longo período é aconselhável que as cordas sejam afrouxadas. 

Mantenha o violão longe do seu rosto e do rosto de outras pessoas enquanto o afina, as cordas quando arrebentam podem causar ferimentos
.

Final: Término do Curso

Bom chegamos ao final do primeiro curso criado aqui no site. Esperamos que, com todos esses ensinamentos que aqui estão, você possa ter adquirido alguma base para, pelo menos, tocar em rodas de amigos e fazer boas apresentações pessoais.

É sempre bom lembrar que você não deve ficar só nisso aqui que a gente passou, até porque como eu digo sempre, isto é apenas um MINI-CURSO BÁSICO. Ele só serve pra lhe ajudar nos estudos, tirar dúvidas e ter um aprendizado mais rápido com seu professor. Mas é necessário estudar sempre mais e mais.

Na apostila que produzimos e colocaremos no site sobre Violão, é aconselhável que vocês a adquirem, pois é um material completamente diferente daqui. Além de alguns capítulos que aqui estão, com mais detalhes é claro, iremos abordar outros assuntos muito importantes para os iniciantes e para os mais experientes.

Acredito eu, que com esse mini-curso básico, e com a apostila que foi criada, você possa ter uma bagagem maior com o tempo e consequentemente um aprendizado dinâmico que complementará muitas carências em termos de técnicas.

Mas lembre-se sempre: O grande segredo do aprendizado do violão é a persistência. Não desista na primeira dificuldade, pratique as cifras, e principalmente pratique mudar de uma cifra pra outra no menor espaço de tempo possível. Quando estivere apto a posicionar os dedos nas casas corretas e firmemente pra que o som flua corretamente e sem olhar pra mão do braço do violão, você estará apto a tocar qualquer música.

Um grande abraço à todos e espero que tenham gostado de tudo.